terça-feira, 10 de setembro de 2013

Novos textos




Nesse novo post você vai encontra as principais ideias dos textos, "O Fenômeno Tecnológico Através da História" e "Condições Pós-Modernas e Cibercultura".


Aproveitem a leitura!!



O FENÔMENO TECNOLÓGICO ATRAVÉS DA HISTÓRIA


A história da técnica, segundo B. Gille, é uma disciplina que tem por objetivo estudar a lógica evolutiva dos sistemas técnicos através de inovações e invenções de ferramentas, instrumentos e maquinas ou, na terminologia de Simondon, elementos, indivíduos , conjuntos. Cada sistema técnico é expressão de relações específicas entre a ciência, a filosofia, a sociologia, a economia e a política. Ligado a complexidade das culturas, todo sistema técnico é marcado por incoerências, bloqueios, paradoxos e conflitos, da antiguidade aos nossos dias.

AS ORIGENS PRÉ-HISTÓRICAS
De acordo com B.Gille, a origem do homem coincide com a origem da técnica. Os primeiros sistemas técnicos instauram-se a partir de dois motivos principais: a potencia dos deuses e a imitação da natureza.  A técnica é, nesse momento, uma arte, designando uma atividade prática manual e material, de origem divina. A técnica pré-histórica nasce, assim, como desvio e imitação da natureza, segundo moldes cedidos por deuses ancestrais. O sagrado e o profano se estabelecem. O primeiro como qualidade do mundo e o segundo como mundo concreto, onde o homem pode agir através de seus instrumentos. Na origem pré-histórica da técnica, o sagrado torna-se lugar do interdito, do respeito e da transgressão, já que a técnica é  vinculada ao profano. O modelo da técnica pré-história.

É sem sobra de dúvida, o que vivemos na cibercultura, já que a civilização contemporânea mistura temor e deslumbramento pelos objetos técnicos. A técnica sagrada (magia) pode ser traduzida como um desejo do homem primitivo em obter de fundo. O pensamento mágico religioso, que funda as primeiras técnicas, é o oposto do que compreendemos como razão instrumental moderna.


AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES E OS GREGOS
Como as primeiras civilizações, surgem sociedades estruturadas a partir de um poder hierarquizado, do crescimento das primeiras cidades e impérios. N o entanto, o Egito conheceu um verdadeiro sistema técnico sem, necessariamente, ser efetivamente inovador; e, quanto aos desenvolvimentos e invenções técnicas, os historiadores notam uma certa limitação. No entanto, é na civilização helênica que nasce uma primeira preocupação em achar explicações racionais em relação à ciência e a técnica.  São os sofistas que efetuam os primeiros esforços para desenvolver um pensamento técnico na Grécia, com seus manuias-receitas. Estes são normas práticas sobre a moral, a política, a economia e a religião numa perspectiva instrumental. Embora ainda marcada pela ordem religiosa ou mítica, a técnica entra aqui, no momento de dessacralização, sendo investida por um enquete filosófica, inscrevendo-se também na luta pelo poder, mais precisamente na arte da guerra. A cita Grega se estabelece não mais sobre uma autoridade religiosa, mas sobre o império do Logos. A civilização grega é a primeira a exercer uma atividade racional e filosófica coerente, mesmo que esta atividade não seja ainda compreendida como motor do desenvolvimento de uma atividade prática.

IMPÉRIO ROMANO
A civilização romana desenvolveu técnicas sociais, o direito romano e a administração urbana, não apresentando inovações radicais em relação ao sistema técnico grego. A estabilidade técnica do Império Romano será a causa de um movimento inovador, lento e fraco, mas constituirá uma forte organização social e administrativa.

IDADE MÉDIA
Período que compreende a segunda metade do século XII até o século XIV, foi uma época de intensa atividade técnica. A população aumenta consideravelmente, e o feudalismo se instala, as cruzadas abrem as portas para do Oriente e o comércio de técnicas se mantém até o século XIII. No século XIV, as tensões sociais aparecem com crashes financeiros, epidemias, e guerras intermináveis, criando tensões que irão enfraquecer as inovações. A técnica é, nesse período, elemento de reflexão, ao ponto de Gille propor a existência de uma “técnica didática”, em que a ciência começa a sentir necessidade da técnica e a técnica da ciência, instaurando o germe da modernidade tecnocientífica. O grande mérito dessa época está na disponibilidade crescente da energia utilizada. A utilização das energias hidráulica e eólica é, a grande inovação no século XVIII.

O RENASCIMENTO
Fica conhecido como a era do maquinismo, que é formador de um sistema técnico demandante de energia, fazendo do século XV o terreno de uma primeira revolução formado pela tríade bússola, pólvora e imprensa. O renascimento vai caracterizar-se como uma radical revolução na razão, uma revolução epistemológica que prepara o  imaginário social para o surgimento da modernidade. Aqui, radicaliza-se a fascinação pelo espírito de descoberta científico, a potência da razão prática, a crença no ser humano como reordenador do cosmo pela ação técno-científica, a natureza como objeto de livre conquista.


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL





Começa  a haver uma interpenetração da ciência na técnica (conhecimentos básicos de princípios físicos, químicos e biológicos) e da técnica na ciência (instrumentos os mais diversos), embora a máquina a vapor, símbolo maior desta época, tenha sido desenvolvida sem ajudas substanciais da ciência. A mecanização industrial atinge um grande desenvolvimento e a técnica é pensada, ligada a questão de uma economia política ( trabalho industrializado) com Marx. A partir daí a ciência e a técnica vão ser ligadas, mais fortemente, à formação profissional. O interesse para a organização de trabalho aparece com a formação das grandes unidades de produção industrial. A literatura técnica atinge um desenvolvimento considerável.


TECNOCULTURA E MODERNIDADE
Nessa época o progresso é, então, compreendido como o deslocamento dos preconceitos e do pensamento infantil para uma área sombria do espírito e o recentramento metafísico do homem, colocado agora no centro do universo inteligível. Este sistema técnico moderno vai criar um desconforto, o que Lewis chamou de mal-estar da civilização, e Guattari e Delauze de modo esquizofrênico do capitalismo, misturado medo e excitação, contradições e paradoxos. No século XVIII a ciência e a técnica ganham valores reconhecidos como dominantes: objetividade, racionalidade instrumental, universalismo das aplicações e neutralidade. 


Weber define a técnica moderna como a “colocação de meios orientados intencional e metodicamente em função de experiências, reflexões. O que vai caracterizar a modernidade é, para Habermas, a independência e a autonomia específica próprias às esferas da ciência, da moral, da religião e da arte. Habermas vai mostrar como a ciência e a tecnologia vão se constituir em ideologias na modernidade. Jacques propõe o conceito de sistema técnico para caracterizar o conjunto da técnica moderna. Por ser autônomo e cego aos valores subjetivos, o sistema técnico teria quatro característica. O progresso técnico é, daqui em diante, indiscutível, e não há escolha entre dois métodos técnicos.


CONDIÇÃO PÓS-MODERNA E CIBERCULTURA


Modernidade significa um modo de pensar e julgar o tempo. A obra de M.Maffesoli é decisiva para uma abordagem fenomenológica da sociedade contemporânea ocidental. Maffesoli, mostra como o conceito de socialidade é definido em oposição àquele de sociabilidade. A socialidade marcaria os agrupamentos urbanos contemporâneos, diferenciando-se da sociabilidade ao colocar ênfase na tragédia do presente, no instante vivido além de projeções futuristas ou morais, nas relações banais do quotidiano, nos momentos não institucionais, racionais ou finalistas da vida de todo dia.


O nascimento da razão filosófica, do logos como centro simbólico da civilização grega, é a possibilidade de uma revolução na representação do tempo. A dimensão filosófica do presente é, daqui em diante, o lugar privilegiado para entender e julgar o passado, preparando o futuro.


O simbolismo do mito, perde, com o nascimento da razão filosófica, a sua dignidade como principio legislador e mobilizador da sociedade . Se a modernidade é um conceito filosófico, sua pregnância se dá a partir do século XIX. Max weber define a modernidade como o processo de racionalização da vida social no termino do século XVIII. Este processo abriu as vias para a industrialização e a modernização global do Ocidente, sendo um processo global, integrando a economia capitalista, o Estado Nação, a administração cientifica do trabalho e da produção, o desenvolvimento industrial e tecnológico. A modernidade é inexoravelmente utópica, alimentando a esperança no controle, no domínio e domesticação racional, cientifica e técnica das forças natural, como afirma Habermas. Habermas não rejeita a modernidade. Ele pretende corrigir os rumos do racionalismo moderno.



Para o sociólogo alemão, o problema não é a razão, mas o predomínio da razão instrumental sobre a razão substantiva. Através da razão comunicativa conseguiríamos chegar ao consenso, única possibilidade de corrigir o processo filosófico da modernidade. A modernidade seria um projeto inacabado. Habermas não rejeita a modernidade. Ele pretende corrigir os rumos do racionalismo moderno. Para o sociólogo alemão, o problema não é a razão, mas o predomínio da razão instrumental sobre a razão substantiva. Através da razão comunicativa conseguiríamos chegar ao consenso, única possibilidade de corrigir o processo filosófico da modernidade. A modernidade seria um projeto inacabado. Para o sociólogo alemão, o problema não é a razão, mas o predomínio da razão instrumental sobre a razão substantiva. Através da razão comunicativa conseguiríamos chegar ao consenso, única possibilidade de corrigir o processo filosófico da modernidade. A modernidade seria um projeto inacabado. 

A modernidade é  a expressão da existência  de uma mentalidade técnica, de uma tecnoestrutura e de uma tecnocultura que se enraíza em instituições, incluindo toda a vida social na burocratização, na secularização da religião, no individualismo e na diferenciação institucionalizada das esferas da ciência, da arte e da moral.  A ciência  vincula-se ao desenvolvimento da tecnologia, a arte é retirada de seu contexto religioso e passa a ser espetáculo, a moral é enquadrada na secularização individualista da ética protestante e do espírito do capitalismo. No plano econômico e político, a sociedade industrial, de produção de bens e serviços massivos, da utilização intensiva de energia, do trabalho qualificado dos especialistas e da hierarquização socioeconômica dos donos do capital. O espaço dividi-se em espaço privado, de liberdades individuais e em espaço publico, de dever cívico.


Na modernidade, o individuo é o consumidor. O individuo moderno é filho da filosofia das luzes. A moral moderna estabelece-se assim, como secular, universalista e individualista, supervisionada pela razão, estando, daqui em diante, em harmonia com as necessidades da sociedade capitalista industrial.

O progresso é uma consequência da própria existência da história. Não há modernidade se não é mais possível falar de futuro. O fim da história é o fim da modernidade.

Contemporâneo pós-moderno?

A ideia de pós-modernidade aparece as segunda metade do século XX com o advento da sociedade de consumo e dos mass media, associados a queda das grandes ideologias modernas e de ideias centrais, como a  história, razão, progresso.

O termo pós-moderno aparece pela primeira vez, na esfera estética, em uma antologia da poesia espanhola e hipano-americana de Federico de Osnis, em 1934.

Pós-modernidade é a expressão os sentimento de mudança cultural e social correspondente ao aparecimento de uma ordem econômica chamada de pós-industrialismo, nos anos 40-50 nos EUA, e em 1958 na França, com a 5ª Republica.

Para Daniel Bell, a pós-modernidade corresponde , exatamente, à fase pós-industrial da sociedade de consumo, onde a produção de bens e serviços é modificada de acordo com as novas tecnologias da informação.

A fase pós-industrial da sociedade não é a ruptura com a dinâmica monopolista de capitalismo, mas uma radizalização do desenvolvimento de usa própria lógica.

Para Rouanet, a política pós-moderna seria “uma política segmentaria, exercida por grupos particulares, política micrologica, destinada a combater o poder instalado nos interstícios os mais imperceptíveis da vida quotidiana”.

Se o ano 2000 era “o” futuro para a geração do começo deste século, o “aqui e agora” é a única saída para a geração do século que começa. Aqui vivemos a globalização do local e localização no global.

A realidade social torna-se produto de processos de desmaterialização e de simulação do mundo, impulsionados pelo desenvolvimento de máquinas de informação.

A ciência pós-moderna procura novas formas de consenso naquilo que o filosofo Frances chama de “paralogia” A ciência moderna, de acordo com Lyotard, foi construída na síntese do discurso  e do empirismo, procurando o consenso, a eficiência, a certeza e o determinismo.

Em termos filosóficos, Nietzsche é o primeiro a produzir uma critica significativa da razão moderna e do projeto apolíneo da modernidade, opondo a ordem moderna ao passado arcaico-dionisiaco da força vital ao êxtase. O niilismo corresponde a uma revitalização de valores vitais da sociedade contra o poder anestesiante da razão e da moral modernas.

Critica-se a superioridade da razão, da ciência e da técnica na modernidade ocidental.
Para Jameson, a pós-modernidade caracteriza-se por uma inversão do milenarismo e pelo fim das grandes ideologias. Para Jameson, também a morte do sujeito, ou o fim do individualismo, é um dos componentes mais importantes da pós-modernidade.

Para Kroker, a cultura pós-moderna pé vista como excesso, desperdício, despesa improdutiva.
A pós-modernidade é o terreno do desenvolvimento da cibercultura. Ela se caracteriza por uma condição sociocultural que se inscreve nessa cena de pânico de que fala Kroker, instituindo uma nova forma de relação espaço-temporal.

Na modernidade, o tempo é linear e o espaço é naturalizado e explorado enquanto lugar de coisas. O tempo é um modo de esculpir o espaço, já que o progresso, a encarnação do tempo linear, implica, a conquista do espaço físico. Na pós-modernidade, o sentimento é de compressão do espaço e do tempo, onde o tempo real e as redes telemáticas, desterritorializam a cultura, tendo um forte impacto nas estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais. O tempo é, assim, um modo de aniquilar o espaço. Esse é o ambiente comunicacional da cibercultura.


O ambiente comunicacional contemporâneo

Podemos dizer que a aventura das “Novas tecnologias de comunicação”  teve seu boom não no século XX, como pensamos comumente, mas no século XIX. Aqui, por meio de artefatos eletrônicos (telegrafo, telefone, rádio, cinema) o homem amplia o desejo de agir a distancia d ambiguidade.
Os media podem ser considerados como instrumentos de simulação, formas técnicas de alterar o espaço-tempo.

O que chamamos de novas tecnologias de comunicação e informação surge a partir de 1975, com a fusão das telecomunicações  analógicas com a informática, possibilitando a veiculação, sob um mesmo suporte – o computador – de diversas formatações de mensagens.

Para o pensador canadense, McLuhan, os media modificam nossa visão do mundo. Ele mostrou como a imprensa transformou o mundo cultural oral, da mesma forma como a eletricidade estaria modificando o que ele chama de media do individualismo e do racionalismo, a imprensa de Gutenberg.

Os novos media estariam favorecendo a tactilidade, o retorno à oralidade e à simultaneidade. Mais ainda, se as tecnologias são prolongamentos de nosso corpo, próteses de nossos sentidos, os media são extensão do nosso sistema nervoso central. Para McLuhan, a retribalização ao engloba “a grande família humana em uma só tribo”, a aldeia global.


O multimídia, entendido tanto como vertente off-line (CD-ROM) como on-line (internet), é hoje o exemplo mais claro dessa simultaneidade e convergência. Podemos dizer, como Pool, que os novos media eletrônicos são “tecnologias da liberdade”. Por tecnologias da liberdade, Pool entende aquelas que não se pode controlar o conteúdo, que colocam em questão hierarquias, que proporcionam agregações sociais e que multiplicam o polo da emissão não centralizada.

Tornamo-nos não mais leitores, no sentido estrito, mas atores, exploradores, navegadores. A ação não obedece necessariamente a percursos determinados a priori, mas pode ser feita por desvios, conexões, adições, como uma forma de passeio pelo espaço cibernético.

O impresso é a tecnologia de individualismo que se lê (só) em silêncio,  para si.
Podemos dizer que a dinâmica social atual do ciberespaço nada  mais é que esse desejo de conexão se realizando de forma planetária.

Com a contração do planeta pelos novos media digitais, transformamos-nos não numa única aldeia global, mas em várias e idissincráticas aldeias globais, devido principalmente à implosão do mundo ocidental pelo efeito das tecnologias microeletrônica.

A cibercultura será uma configuração sociotéccnica onde haverá modelos tribais associados ás tecnologias digitais, opondo-se ao individualismo da cultura do impresso, moderna e tecnocrática. Jean Baudrillard tem uma visão muito menos encantadora , vai propor que a, as novas tecnologias digitais de comunicação, estaríamos diante não de uma retribalização mas de uma mera circulação de informações. Esta nos faz indivíduos terminais que comutam entre si, sem nenhuma interação. para baudrillard, o ciberespaço só permite simulação de interação e não verdadeiras interações.

O pensamento baudrillardiano é aquele do excesso: quanto mais trocados informações, menos estamos em comunicação. Paul Virilio mostra que as novas tecnologias privilegiam o fluxo de dados que circulam no ciberespaço de forma instantânea, sendo regidas, assim, pelo reflexo, e não pela reflexão ou memória.

Para Baudrillard e Virilio, a existência contemporânea está imersa em uma espiral autodestrutiva. quanto mais meios de comunicação temos ao nosso dispor, menos comunicamos.

A cibercultura é uma configuração sociotécnica de produção de pequenas catástrofes que se alimentam das fusões, impulsões e simbioses contemporâneas; o usuário interativo da cibercultura   nasce do desaparecimento social (Baudrillard) e da implosão do individualismo moderno.

O grande mito da modernidade foi o sonho de uma sociedade de comunicação transparente, em que a difusão da informação se dá através das redes cibernéticas. A ideia de uma comunicação racional, instituindo uma sociedade iluminada e sem ambiguidades é, no fundo, um sonho totalitário.

Os novos média (digitais) aparecem com a revolução da microeletrônica, na segunda metade da década de 70, através de convergência e fusões, principalmente no que refere à informática   e às telecomunicações.
Os novos média permitem a comunicação permitem a comunicação individualizada, personalizada e bidirecional.

Podemos dizer que, na evolução das vias da comunicação, vemos a passagem do modelo informal da comunicação para o modelo da comunicação de massa e deste para o atual modelo de redes de comunicação informadas. O modelo informal estabelece uma relação direta entre homem e o mundo. A linguagem não representa o mundo; antes, ela é o novo mundo.


A cibersocialidade contemporâneo
A ciberculrura pela sociedade que nela atua, parece, antes de isolar individuos terminais, colocar a tecvnologia digital contemporânea como um instrumento de novas formas de sociabilidade e de vínculos associativos e comunitários.

A tecnologia, que foi durante a modernidade um instrumento de racionalização e de separação, parece transformar-se  numa ferramenta convivial e comunitária.
A cibersocialidade é a sinergia entre a socialidade contemporânea e as novas tecnologias do ciberespaço.

A sociedade contemporânea



A sociedade é, para M. Maffffesoli, um conjunto de práticas quotidianas que escapam ao controle social (hedonismo, tribalismo, presenteísmo) e que constituem o substrato de toda vida em sociedade, não só da sociedade contemporânea, mas de toda forma social. É a sociedade que faz, desde as sociedades primitivas, até as sociedades tecnologicamente avançadas. Maffesoli mostra que existem momentos de uma determinada sociedade em que uma forma vai exprimir melhor a cultura vigente.

a cibercultura vai se caracterizar pela formação de uma sociedade estruturada através de uma conectividade telemática generalizada, ampliando o potencial comunicativo, proporcionando a troca de informações sob as mais diversas formas, fomentando agregações sociais. O ciberespaço cria um mundo operante, interligado por ícones, portais, sítios e home pages, permitindo colocar o poder da emissão nas mãos de uma cultura jovem, tribal, gregária, que vai produzir informação, agregar ruídos e colagens, jogar excesso ao sistema.






terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sobre a Modernidade e a Pós-Modernidade..


“A modernidade é o estilo de uma época produzido pela decomposição da razão substitutiva, típica das concepções religiosas e metafísicas do mundo, por uma razão instrumental, positiva, significando que as concepções e dogmas religiosos não são mais legítimos como fundamento explicativo da vida social.”

Para Habermas o que caracteriza a modernidade é a independência e a autonomia especifica próprias às esferas da ciência, da moral, da religião e da arte. Estas esferas passam a ser institucionalizadas, traduzidas por um discurso de segunda ordem que as individualizam e as decompõem.

No plano econômico e politico, como mostra Rouanet, a sociedade moderna é, verdadeiramente, a sociedade industrial; de produção de bens e serviços massivos, da utilização intensiva da energia, do trabalho qualificado dos especialistas e da hierarquização  socioeconômica dos donos do capital.

Em Max Weber, podemos ver que a racionalidade tem um papel fundamental, em comparação a Marx. Segundo Weber, a "ação racional" legitima o legal; os meios para se chegar aos fins se justificam. Então, a burocratização se faz mais presente e "se efetiva"; o mundo não é mais algo encantado, há uma separação do afetivo, o que dá lugar ao "desencantamento do mundo". As coisas que antes eram "normais" passam a ter um papel secundário.

Outra característica em Weber é a "secularização do mundo e da vida"; as coisas que eram sagradas se tornam "profanas", portanto, não mais objeto de "veneração", mas objeto de estudo, distantes de uma relação "efetiva", porém com um outro grau de afetividade. A impessoalidade é marcante para Weber; o homem se distancia dele mesmo nas suas relações com o outro, dando à relação apenas um caráter de "distanciamento", fruto de uma racionalidade exacerbada.


Pós-modernidade é a expressão do sentimento de mudança cultural e social correspondente ao aparecimento de uma ordem econômica chamada de pós-industrialismo, nos anos 40-50 nos EUA, e em 1958 na França.


Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando, por convenção, se encerra o modernismo (1900-1950). Ele nasce com a arquitetura e a computação nos anos 50. Toma corpo com a arte Pop nos anos 60. Cresce ao entrar pela filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura ocidental. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia invadindo o cotidiano com desde alimentos processados até microcomputadores), sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural.

Para Daniel Bell, a pós-modernidade corresponde, exatamente, à fase pós-industrial da sociedade de consumo, onde a produção de bens e serviços (ligados a grandes consumos de energia) é modificada de acordo com as novas tecnologias (digitais) da informação.

A terceira fase do capital, é aquela do capitalismo multinacional, onde o planeta inteiro se torna um grande mercado: a globalização. A fase pós-industrial da sociedade não é uma ruptura com a dinâmica monopolista de capitalismo, mas uma radicalização do desenvolvimento de sua própria lógica. Jameson, por exemplo, considera que essa fase do desenvolvimento capitalista corresponde à cultura pós-moderna, visto estarmos diante de uma nova configuração do Estado e da economia, trazendo em seu bojo, uma nova forma de exercício da política.

Como observa Lyotard, o homem pós-moderno obedece às enunciações de várias ordens através de jogos de linguagem, escapando das formas totalitárias da razão instrumental moderna.




Novas Tecnologias: Alguns Conceitos...


 "Mass Media"


Os "Mass Media" são sistemas organizados de produção, difusão e recepção de informação. Estes sistemas são geridos, por empresas especializadas na comunicação de massas e exploradas nos regimes concorrenciais, monopolísticas ou mistos (públicas ou privadas).

Os vários meios de expressão social: a imprensa, a televisão, a rádio e o cinema, são orientados para um público que se pretende o mais abrangente possível, produzindo um produto específico de mensagens ideológicas, comerciais, recreativas, culturais etc.


Para alguns autores, os mass media representam uma época em que o fluxo de comunicação é unívoco (que só se pode interpretar de uma forma), pois o receptor das mensagens pertence a uma massa informe, sem capacidade de resposta sem condições de interagir. O emissor - os mass media - funciona como uma espécie de "todo-poderoso" da comunicação.


Ciberespaço

O surgimento da Internet como uma rede mundial de computadores, veio confirmar essas expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana. Porém trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente: o ciberespaço.


Pode-se afirmar que o ciberespaço diz respeito a uma forma de  virtualização informacional em rede. Por meio da tecnologia, os homens, mediados pelos computadores, passam a criar conexões e relacionamentos capazes de fundar um espaço de sociabilidade virtual.


O espaço cibernético intensificou transformações sociais nos mais diversos campos da atividade humana, é o que Manuel Castells chama de sociedade em rede. No campo da produção de mercadorias surgiram as empresas virtuais que têm a internet como base de atuação, mas também ocorreram importantes alterações socioculturais e políticas que atingiram as principais mídias em decorrência do aceleramento dos meios de comunicação e de informação. Com o ciberespaço constituiu-se um novo espaço de sociabilidade que é não presencial e que possui impactos importantes na produção de valor, nos conceitos éticos e morais e nas relações humanas.

Fonte: InfoEscola



Cibercultura


A cibercultura é a cultura tecnológica que envolve a sociedade, a interação entre seus agentes e o domínio de uma técnica. Hoje, as relações pela internet difundiram-se a ponto de se acreditar que a humanidade adquiriu uma nova forma de cultura: cibercultura.





Segundo Lévy, "cibercultura é o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço". 



Segundo Lemos (2003, p. 12), "podemos entender a cibercultura como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base microeletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 1970".







Tecnocultura


A tecnocultura se apresenta como uma forma híbrida, um cenário cultural no qual a tecnologia está tão inextricavelmente ligada à vida cotidiana que é dela inseparável. É preciso assinalar, porém, que toda cultura já é desde sempre tecnológica. Como diz Erik Davis, “a cultura é tecnocultura” (1998: 10). Podemos, contudo, admitir o uso do conceito para expressar a individualidade do momento histórico que agora se apresenta. Se a cultura sempre foi tecnológica, é apenas no contexto da “tecnocultura” que ela passa a se pensar explicitamente como tal e tomar como objeto de reflexão toda a extensão dos problemas implicados na conjunção homem-máquina. 



Fonte: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_NP08_felinto.pdf

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um pouco da Mitologia Grega


 O HERMES DA MITOLOGIA GREGA    

Escrito por José Laércio do Egito  
Ter, 23 de Junho de 2009 15:58


O Hermes da Mitologia Grega " Basta apenas mudares teu olhar
e encontrarás um mundo sempre novo ".
Walter da Rosa Borges


Nesta palestra, no que diz respeito a Hermes, em parte vamos transcrever um estudo sobre Mitologia Grega feito pelo Dr. Carlos Lima Melo eminente homeopata brasileiro. Nosso propósito é mostrar que Hermes - grego - de forma alguma corresponde ao Thoth do Antigo Egito, que muitos acreditam tratarem-se de uma mesma pessoa.

Como já dissemos em outras palestras quando os gregos chegaram ao Egito tomaram conhecimento da existência de um ser excepcional, considerado um deus, aquele que mais trouxe conhecimentos para aquele antigo povo e responsável por quase todos os conhecimentos que se fizeram presentes naquela antiga civilização. Os gregos associaram certos poderes de Thot a poderes que na Grécia eram imputados a Hermes, e assim acabaram considerando as duas personagens como sendo a mesma. Na verdade tratam-se de seres totalmente diferentes. De inicio pode-se por em jogo a existência de Hermes, desde que este faz parte da mitologia, e como tal pode não ser mais que um simples mito. Enquanto isto Thot realmente viveu no Egito, e antes viveu na Atlântida com o nome de Ken ou Kan onde era considerado um Mestre. Ante já havia sido mestre na Lemúria o que lhe confere o títulos de trismegisto - três vezes mestre [1].



Com grande freqüência na literatura mística e esotérica vemos mencionado o nome de Hermes Trismegisto, considerado aquele que trouxe ao conhecimento da humanidade um certo número de princípios que regem a natureza íntima do mundo imanente.

Integrante do Olimpo, Hermes era filho de Zeus e Maia. Diz o mito que ele nasceu numa caverna e que bem cedo se revelou de uma precocidade extraordinária. No dia do seu nascimento Maia o deixou sozinho enrolado nos cueiros e ante a admiração de todos Hermes pulou do berço, passou por dentro do buraco da fechadura, e foi em busca de suas aventuras.

Dentre as aventuras de Hermes a mais citada é uma referente ao roubo de parte do rebanho de Apolo praticado pela criança. Após roubar o gado, Hermes usou da astúcia de amarrar ramos folhudos na cauda dos animais para que se apagassem os seus rastros e assim não fosse descoberto o paradeiro deles. Em seguida ele sacrificou dois em oferendas aos doze deuses do Olimpo. O restante do gado ele escondeu numa caverna. Esta trapaça foi vista por Batos, do qual Hermes tentou comprar o silêncio.

Quando Apolo se deu conta da falta do seu gado, foi a procura do mesmo por todos os lados, sem descobrir nada. Já sem esperanças ofereceu uma recompensa para quem descobrisse o ladrão. Um grupo de sátiros passando pela Arcádia ouviu o mugido dos bois e uma música agradável que saía de uma caverna. Foi então que a ninfa Cilene lhes disse que ali estava a criança mais inteligente que já havia nascido e que ela o estava amamentando.

A música ouvida era tocada por Hermes que usara o casco de uma tartaruga e tripas de vaca fabricando um instrumento musical, com o qual fez dormir sua própria mãe. Onde conseguiu essas tripas de vaca, perguntaram os sátiros? Eles logo perceberam o que havia acontecido em decorrência do amontoado de peles de gado diante da entrada da caverna. Foi um roubo, disseram os sátiros, mas como uma criança tão pequena pode roubar?

Assim Apolo tomou conhecimento de que o seu gado havia sido roubado pela criança e por isto a levou para o Olimpo com o produto do roubo. Zeus relutou em acreditar que o seu filho tão pequeno fosse o ladrão e não queria admitir a falta, mas Hermes confessa o roubo e diz: Pois bem, leve os seus bois, só me utilizei de dois para sacrificar aos doze deuses. Como doze, retrucou Apolo? Até aquele momento Apolo não sabia que tinha um irmão. Quem será o décimo segundo? Sou eu, disse Hermes, e como estava com fome comi a parte que me correspondia e queimei o restante.

Regressaram os dois deuses e Hermes deu as boas vindas a sua mãe e lhe entregou algo que guardava enrolado numa pele. Que escondes aí, perguntou Apolo? Veja o que é, e retirou a lira que inventara, e começou a tocar uma doce melodia. Com seu canto Hermes agradou a Apolo além de enche-lo de elogios, o deus ficou comovido e perdoou a ofensa do irmão.

Hermes tocou seu instrumento e cantou tão docemente que Apolo ficou extasiado. Ah, patife, disse Apolo, me dê a lira e em troca te dou os bois. A seguir Hermes cortou um bambu e fez uma flauta. Apolo ficou extasiado com o tom e a melodia e voltou a dizer: malvado, te darei o meu cajado de ouro, com o qual governo os meus bois e desde já te permito ser o guardião de todos os rebanhos. Isto não, respondeu Hermes, minha flauta vale muito mais do que o teu cajado. Faremos um trato, te dou a flauta e me ensinas a fazer adivinhações. - Eu não posso te conceder esta arte, mas tu podes ir até a presença das minhas amas no Parnaso e elas te ensinarão a adivinhar através dos seixos. Ficaram de acordo e foram novamente ao Olimpo, expuseram tudo a Zeus e o deus disse a Hermes que dali por diante ele deveria respeitar a propriedade alheia e não deveria mais mentir.

Diante da astúcia e frivolidade do novo vassalo e lhe ofereceu uma nova função no Olimpo. Faça de mim um mensageiro divino e prometo não tocar no alheio e não mentir. Deves, porém, dar-me o exemplo fazendo mais. É pedir muito, disse Zeus, porém eu te darei tudo; serás o mensageiro dos deuses, presidirás os tratados tanto públicos quanto privados, fomentarás o comércio, protegerás as estradas contra os ladrões e serás o amparo dos viajantes do mundo todo. Como símbolo destas funções lhe deu um bastão com fitas para que todos o respeitassem, um chapéu de abas largas para defender-se da chuva e uma sandália com asas para voar mais que o vento.

Foi assim que Hermes ingressou na família divina e os deuses o ensinaram o modo de obter o fogo atritando a madeira. Inventou o pugilato, os jogos esportivos e ajudou a Zeus no combate aos gigantes. Sua personalidade passou a tutelar a eloqüência, necessária na arte de comercializar. A desenvoltura com que realizava suas atividades o fez modelo ideal da juventude.

Como Thoth praticara no Egito todas as artes, os gregos acreditaram que Thot e Hermes era uma mesma pessoa, nas na verdade nada tem a ver um com o outro. O mesmo aconteceu com relação aos romanos que associaram Hermes a deus Mercúrio.

É justamente representado como um jovem nu ou vestido com uma túnica curta, calça sandálias aladas e segura uma bolsa, símbolo dos lucros.

Este é o mito de Hermes da Mitologia Grega, repleto de vacilos, pelo que difere totalmente da história de Thoth que tinha apenas qualidade positivas, atitudes de um verdadeiro Grande Mestre.



---------

Notas:

[1] - Existem outras interpretações para este título porém consideramos este como sendo o mais exato.

Fonte: http://www.laerciodoegito.com.br/

O que é Resenha:


Resenha é uma abordagem para a construção de relações entre as propriedades de um determinado objeto, analisando-o, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. Resenha também é um texto que serve para apresentar outro, que seja desconhecido do leitor.

No jornalismo, resenha é utilizado como forma de prestação de serviço, é um texto de origem opinativa que reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o que está sendo analisado. O objeto da resenha pode ser de qualquer natureza: um filme, livro, álbum, peça de teatro ou até mesmo um jogo de futebol, e pode ser uma resenha descritiva ou crítica. Para apresentar uma resenha é importante dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho, para dar ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente.


Existe também a resenha científica, trabalho acadêmico ou resenha acadêmica, que são resenhas elaboradas e ensinadas na universidade. Esse tipo de resenha apresenta uma síntese e uma crítica sobre um trabalho científico, e pode ser elaborada com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda.


Resenha de livros é uma forma de crítica literária, em que um livro é analisado com base no conteúdo, estilo e mérito. Muitas vezes, a resenha é realizada em periódicos, como escola, trabalho ou online, essa revisão contém avaliações do livro com base no gosto pessoal.