Nesse novo post você vai encontra as principais ideias dos
textos, "O Fenômeno Tecnológico Através da História" e "Condições
Pós-Modernas e Cibercultura".
Aproveitem a leitura!!
O FENÔMENO TECNOLÓGICO ATRAVÉS DA HISTÓRIA
A história da técnica, segundo B. Gille, é uma disciplina que tem por objetivo estudar a lógica evolutiva dos sistemas técnicos através de inovações e invenções de ferramentas, instrumentos e maquinas ou, na terminologia de Simondon, elementos, indivíduos , conjuntos. Cada sistema técnico é expressão de relações específicas entre a ciência, a filosofia, a sociologia, a economia e a política. Ligado a complexidade das culturas, todo sistema técnico é marcado por incoerências, bloqueios, paradoxos e conflitos, da antiguidade aos nossos dias.
AS ORIGENS PRÉ-HISTÓRICAS
De acordo com B.Gille, a origem do homem coincide com a
origem da técnica. Os primeiros sistemas técnicos instauram-se a partir de dois
motivos principais: a potencia dos deuses e a imitação da natureza. A técnica é, nesse momento, uma arte,
designando uma atividade prática manual e material, de origem divina. A técnica
pré-histórica nasce, assim, como desvio e imitação da natureza, segundo moldes
cedidos por deuses ancestrais. O sagrado e o profano se estabelecem. O primeiro
como qualidade do mundo e o segundo como mundo concreto, onde o homem pode agir
através de seus instrumentos. Na origem pré-histórica da técnica, o sagrado
torna-se lugar do interdito, do respeito e da transgressão, já que a técnica
é vinculada ao profano. O modelo da
técnica pré-história.
É sem sobra de dúvida, o que vivemos na cibercultura, já que
a civilização contemporânea mistura temor e deslumbramento pelos objetos
técnicos. A técnica sagrada (magia) pode ser traduzida como um desejo do homem
primitivo em obter de fundo. O pensamento mágico religioso, que funda as
primeiras técnicas, é o oposto do que compreendemos como razão instrumental
moderna.
AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES E OS GREGOS
Como as primeiras civilizações, surgem sociedades
estruturadas a partir de um poder hierarquizado, do crescimento das primeiras
cidades e impérios. N o entanto, o Egito conheceu um verdadeiro sistema técnico
sem, necessariamente, ser efetivamente inovador; e, quanto aos desenvolvimentos
e invenções técnicas, os historiadores notam uma certa limitação. No entanto, é
na civilização helênica que nasce uma primeira preocupação em achar explicações
racionais em relação à ciência e a técnica.
São os sofistas que efetuam os primeiros esforços para desenvolver um
pensamento técnico na Grécia, com seus manuias-receitas. Estes são normas
práticas sobre a moral, a política, a economia e a religião numa perspectiva
instrumental. Embora ainda marcada pela ordem religiosa ou mítica, a técnica
entra aqui, no momento de dessacralização, sendo investida por um enquete
filosófica, inscrevendo-se também na luta pelo poder, mais precisamente na arte
da guerra. A cita Grega se estabelece não mais sobre uma autoridade religiosa,
mas sobre o império do Logos. A civilização grega é a primeira a exercer uma
atividade racional e filosófica coerente, mesmo que esta atividade não seja
ainda compreendida como motor do desenvolvimento de uma atividade prática.
IMPÉRIO ROMANO
A civilização romana desenvolveu técnicas sociais, o direito
romano e a administração urbana, não apresentando inovações radicais em relação
ao sistema técnico grego. A estabilidade técnica do Império Romano será a causa
de um movimento inovador, lento e fraco, mas constituirá uma forte organização
social e administrativa.
IDADE MÉDIA
Período que compreende a segunda metade do século XII até o
século XIV, foi uma época de intensa atividade técnica. A população aumenta
consideravelmente, e o feudalismo se instala, as cruzadas abrem as portas para
do Oriente e o comércio de técnicas se mantém até o século XIII. No século XIV,
as tensões sociais aparecem com crashes financeiros, epidemias, e guerras
intermináveis, criando tensões que irão enfraquecer as inovações. A técnica é,
nesse período, elemento de reflexão, ao ponto de Gille propor a existência de
uma “técnica didática”, em que a ciência começa a sentir necessidade da técnica
e a técnica da ciência, instaurando o germe da modernidade tecnocientífica. O
grande mérito dessa época está na disponibilidade crescente da energia
utilizada. A utilização das energias hidráulica e eólica é, a grande inovação
no século XVIII.
O RENASCIMENTO
Fica conhecido como a era do maquinismo, que é formador de um
sistema técnico demandante de energia, fazendo do século XV o terreno de uma
primeira revolução formado pela tríade bússola, pólvora e imprensa. O
renascimento vai caracterizar-se como uma radical revolução na razão, uma
revolução epistemológica que prepara o imaginário social para o surgimento da
modernidade. Aqui, radicaliza-se a fascinação pelo espírito de descoberta
científico, a potência da razão prática, a crença no ser humano como
reordenador do cosmo pela ação técno-científica, a natureza como objeto de
livre conquista.
Começa a haver uma
interpenetração da ciência na técnica (conhecimentos básicos de princípios
físicos, químicos e biológicos) e da técnica na ciência (instrumentos os mais
diversos), embora a máquina a vapor, símbolo maior desta época, tenha sido
desenvolvida sem ajudas substanciais da ciência. A mecanização industrial
atinge um grande desenvolvimento e a técnica é pensada, ligada a questão de uma
economia política ( trabalho industrializado) com Marx. A partir daí a ciência
e a técnica vão ser ligadas, mais fortemente, à formação profissional. O
interesse para a organização de trabalho aparece com a formação das grandes
unidades de produção industrial. A literatura técnica atinge um desenvolvimento
considerável.
TECNOCULTURA E MODERNIDADE
Nessa época o progresso é, então, compreendido como o
deslocamento dos preconceitos e do pensamento infantil para uma área sombria do
espírito e o recentramento metafísico do homem, colocado agora no centro do
universo inteligível. Este sistema técnico moderno vai criar um desconforto, o
que Lewis chamou de mal-estar da civilização, e Guattari e Delauze de modo
esquizofrênico do capitalismo, misturado medo e excitação, contradições e
paradoxos. No século XVIII a ciência e a técnica ganham valores reconhecidos
como dominantes: objetividade, racionalidade instrumental, universalismo das
aplicações e neutralidade.
Weber define a técnica moderna como a “colocação de
meios orientados intencional e metodicamente em função de experiências,
reflexões. O que vai caracterizar a modernidade é, para Habermas, a independência
e a autonomia específica próprias às esferas da ciência, da moral, da religião
e da arte. Habermas vai mostrar como a ciência e a tecnologia vão se constituir
em ideologias na modernidade. Jacques propõe o conceito de sistema técnico para
caracterizar o conjunto da técnica moderna. Por ser autônomo e cego aos valores
subjetivos, o sistema técnico teria quatro característica. O progresso técnico
é, daqui em diante, indiscutível, e não há escolha entre dois métodos técnicos.
CONDIÇÃO PÓS-MODERNA E CIBERCULTURA
Modernidade significa um modo de pensar e julgar o tempo. A obra de M.Maffesoli é decisiva para uma abordagem fenomenológica da sociedade contemporânea ocidental. Maffesoli, mostra como o conceito de socialidade é definido em oposição àquele de sociabilidade. A socialidade marcaria os agrupamentos urbanos contemporâneos, diferenciando-se da sociabilidade ao colocar ênfase na tragédia do presente, no instante vivido além de projeções futuristas ou morais, nas relações banais do quotidiano, nos momentos não institucionais, racionais ou finalistas da vida de todo dia.
O nascimento da razão filosófica, do logos como centro simbólico da civilização grega, é a possibilidade de uma revolução na representação do tempo. A dimensão filosófica do presente é, daqui em diante, o lugar privilegiado para entender e julgar o passado, preparando o futuro.
O simbolismo do mito, perde, com o nascimento da razão filosófica, a sua dignidade
como principio legislador e mobilizador da sociedade . Se a modernidade é um
conceito filosófico, sua pregnância se dá a partir do século XIX.
Max weber define a modernidade como o processo de racionalização da vida social
no termino do século XVIII. Este processo abriu as vias para a industrialização
e a modernização global do Ocidente, sendo um processo global, integrando a
economia capitalista, o Estado Nação, a administração cientifica do trabalho e
da produção, o desenvolvimento industrial e tecnológico.
A modernidade é inexoravelmente utópica, alimentando a esperança no controle,
no domínio e domesticação racional, cientifica e técnica das forças natural,
como afirma Habermas.
Habermas não rejeita a modernidade. Ele pretende corrigir os rumos do racionalismo
moderno.
Para o sociólogo alemão, o problema não é a razão, mas o predomínio da razão instrumental
sobre a razão substantiva. Através da razão comunicativa conseguiríamos chegar
ao consenso, única possibilidade de corrigir o processo filosófico da
modernidade. A modernidade seria um projeto inacabado.
Habermas não rejeita a modernidade. Ele pretende corrigir os rumos do racionalismo
moderno.
Para o sociólogo alemão, o problema não é a razão, mas o predomínio da razão instrumental
sobre a razão substantiva. Através da razão comunicativa conseguiríamos chegar
ao consenso, única possibilidade de corrigir o processo filosófico da
modernidade. A modernidade seria um projeto inacabado.
Para o sociólogo alemão, o problema não é a razão, mas o predomínio da razão instrumental
sobre a razão substantiva. Através da razão comunicativa conseguiríamos chegar
ao consenso, única possibilidade de corrigir o processo filosófico da
modernidade. A modernidade seria um projeto inacabado.
A modernidade é a expressão da existência de uma mentalidade técnica, de uma tecnoestrutura e de uma tecnocultura que se enraíza em instituições, incluindo toda a vida social na burocratização, na secularização da religião, no individualismo e na diferenciação institucionalizada das esferas da ciência, da arte e da moral. A ciência vincula-se ao desenvolvimento da tecnologia, a arte é retirada de seu contexto religioso e passa a ser espetáculo, a moral é enquadrada na secularização individualista da ética protestante e do espírito do capitalismo. No plano econômico e político, a sociedade industrial, de produção de bens e serviços massivos, da utilização intensiva de energia, do trabalho qualificado dos especialistas e da hierarquização socioeconômica dos donos do capital. O espaço dividi-se em espaço privado, de liberdades individuais e em espaço publico, de dever cívico.
A modernidade é a expressão da existência de uma mentalidade técnica, de uma tecnoestrutura e de uma tecnocultura que se enraíza em instituições, incluindo toda a vida social na burocratização, na secularização da religião, no individualismo e na diferenciação institucionalizada das esferas da ciência, da arte e da moral. A ciência vincula-se ao desenvolvimento da tecnologia, a arte é retirada de seu contexto religioso e passa a ser espetáculo, a moral é enquadrada na secularização individualista da ética protestante e do espírito do capitalismo. No plano econômico e político, a sociedade industrial, de produção de bens e serviços massivos, da utilização intensiva de energia, do trabalho qualificado dos especialistas e da hierarquização socioeconômica dos donos do capital. O espaço dividi-se em espaço privado, de liberdades individuais e em espaço publico, de dever cívico.
Na
modernidade, o individuo é o consumidor. O individuo moderno é filho da
filosofia das luzes. A moral moderna estabelece-se assim, como secular,
universalista e individualista, supervisionada pela razão, estando, daqui em
diante, em harmonia com as necessidades da sociedade capitalista industrial.
O
progresso é uma consequência da própria existência da história. Não
há modernidade se não é mais possível falar de futuro. O fim da história é o
fim da modernidade.
Contemporâneo pós-moderno?
O
termo pós-moderno aparece pela primeira vez, na esfera estética, em uma
antologia da poesia espanhola e hipano-americana de Federico de Osnis, em 1934.
Pós-modernidade
é a expressão os sentimento de mudança cultural e social correspondente ao
aparecimento de uma ordem econômica chamada de pós-industrialismo, nos anos
40-50 nos EUA, e em 1958 na França, com a 5ª Republica.
Para
Daniel Bell, a pós-modernidade corresponde , exatamente, à fase pós-industrial
da sociedade de consumo, onde a produção de bens e serviços é modificada de
acordo com as novas tecnologias da informação.
A
fase pós-industrial da sociedade não é a ruptura com a dinâmica monopolista de
capitalismo, mas uma radizalização do desenvolvimento de usa própria lógica.
Para
Rouanet, a política pós-moderna seria “uma política segmentaria, exercida por
grupos particulares, política micrologica, destinada a combater o poder
instalado nos interstícios os mais imperceptíveis da vida quotidiana”.
Se o
ano 2000 era “o” futuro para a geração do começo deste século, o “aqui e agora”
é a única saída para a geração do século que começa. Aqui vivemos a
globalização do local e localização no global.
A
realidade social torna-se produto de processos de desmaterialização e de
simulação do mundo, impulsionados pelo desenvolvimento de máquinas de informação.
A
ciência pós-moderna procura novas formas de consenso naquilo que o filosofo Frances
chama de “paralogia” A ciência moderna, de acordo com Lyotard, foi construída
na síntese do discurso e do empirismo, procurando o consenso, a
eficiência, a certeza e o determinismo.
Em
termos filosóficos, Nietzsche é o primeiro a produzir uma critica significativa
da razão moderna e do projeto apolíneo da modernidade, opondo a ordem moderna
ao passado arcaico-dionisiaco da força vital ao êxtase. O niilismo corresponde
a uma revitalização de valores vitais da sociedade contra o poder anestesiante
da razão e da moral modernas.
Critica-se
a superioridade da razão, da ciência e da técnica na modernidade ocidental.
Para
Jameson, a pós-modernidade caracteriza-se por uma inversão do milenarismo e pelo
fim das grandes ideologias. Para
Jameson, também a morte do sujeito, ou o fim do individualismo, é um dos
componentes mais importantes da pós-modernidade.
Para
Kroker, a cultura pós-moderna pé vista como excesso, desperdício, despesa
improdutiva.
A
pós-modernidade é o terreno do desenvolvimento da cibercultura. Ela se
caracteriza por uma condição sociocultural que se inscreve nessa cena de pânico
de que fala Kroker, instituindo uma nova forma de relação espaço-temporal.
Na modernidade,
o tempo é linear e o espaço é naturalizado e explorado enquanto lugar de
coisas. O tempo é um modo de esculpir o espaço, já que o
progresso, a encarnação do tempo linear, implica, a conquista do espaço físico.
Na pós-modernidade, o sentimento é de compressão do espaço e do tempo, onde o
tempo real e as redes telemáticas, desterritorializam a cultura, tendo um forte
impacto nas estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais. O tempo é,
assim, um modo de aniquilar o espaço. Esse é o ambiente comunicacional da
cibercultura.
O ambiente comunicacional contemporâneo
Os
media podem ser considerados como instrumentos de simulação, formas técnicas de
alterar o espaço-tempo.
O
que chamamos de novas tecnologias de comunicação e informação surge a partir de
1975, com a fusão das telecomunicações analógicas com a informática, possibilitando a
veiculação, sob um mesmo suporte – o computador – de diversas formatações de
mensagens.
Para
o pensador canadense, McLuhan, os media modificam nossa visão do mundo. Ele
mostrou como a imprensa transformou o mundo cultural oral, da mesma forma como
a eletricidade estaria modificando o que ele chama de media do individualismo e
do racionalismo, a imprensa de Gutenberg.
Os
novos media estariam favorecendo a tactilidade, o retorno à oralidade e à
simultaneidade. Mais ainda, se as tecnologias são prolongamentos de nosso
corpo, próteses de nossos sentidos, os media são extensão do nosso sistema
nervoso central. Para
McLuhan, a retribalização ao engloba “a grande família humana em uma só tribo”,
a aldeia global.
O
multimídia, entendido tanto como vertente off-line (CD-ROM) como on-line
(internet), é hoje o exemplo mais claro dessa simultaneidade e convergência. Podemos
dizer, como Pool, que os novos media eletrônicos são “tecnologias da
liberdade”. Por tecnologias da liberdade, Pool entende aquelas que não se pode
controlar o conteúdo, que colocam em questão hierarquias, que proporcionam
agregações sociais e que multiplicam o polo da emissão não centralizada.
Tornamo-nos
não mais leitores, no sentido estrito, mas atores, exploradores, navegadores. A
ação não obedece necessariamente a percursos determinados a priori, mas pode
ser feita por desvios, conexões, adições, como uma forma de passeio pelo espaço
cibernético.
O
impresso é a tecnologia de individualismo que se lê (só) em silêncio, para
si.
Podemos dizer que a dinâmica social atual do ciberespaço
nada mais é que esse desejo de conexão
se realizando de forma planetária.
Com a contração do planeta pelos novos media digitais, transformamos-nos não
numa única aldeia global, mas em várias e idissincráticas aldeias globais,
devido principalmente à implosão do mundo ocidental pelo efeito das tecnologias
microeletrônica.
A cibercultura será uma configuração sociotéccnica onde
haverá modelos tribais associados ás tecnologias digitais, opondo-se ao
individualismo da cultura do impresso, moderna e tecnocrática. Jean Baudrillard tem uma visão muito menos encantadora , vai
propor que a, as novas tecnologias digitais de comunicação, estaríamos diante
não de uma retribalização mas de uma mera circulação de informações. Esta nos
faz indivíduos terminais que comutam entre si, sem nenhuma interação. para
baudrillard, o ciberespaço só permite simulação de interação e não verdadeiras
interações.
O pensamento baudrillardiano é aquele do excesso: quanto mais
trocados informações, menos estamos em comunicação. Paul Virilio mostra que as novas tecnologias privilegiam o
fluxo de dados que circulam no ciberespaço de forma instantânea, sendo regidas,
assim, pelo reflexo, e não pela reflexão ou memória.
Para Baudrillard e Virilio, a existência contemporânea está
imersa em uma espiral autodestrutiva. quanto mais meios de comunicação temos ao
nosso dispor, menos comunicamos.
A cibercultura é uma configuração sociotécnica de produção de
pequenas catástrofes que se alimentam das fusões, impulsões e simbioses contemporâneas;
o usuário interativo da cibercultura nasce do desaparecimento social (Baudrillard)
e da implosão do individualismo moderno.
O grande mito da modernidade foi o sonho de uma sociedade de
comunicação transparente, em que a difusão da informação se dá através das
redes cibernéticas. A ideia de uma comunicação racional, instituindo uma
sociedade iluminada e sem ambiguidades é, no fundo, um sonho totalitário.
Os novos média (digitais)
aparecem com a revolução da microeletrônica, na segunda metade da década de 70,
através de convergência e fusões, principalmente no que refere à informática e às
telecomunicações.
Os novos média
permitem a comunicação permitem a comunicação individualizada, personalizada e
bidirecional.
Podemos dizer que, na evolução das vias da comunicação, vemos
a passagem do modelo informal da comunicação para o modelo da comunicação de
massa e deste para o atual modelo de redes de comunicação informadas. O modelo
informal estabelece uma relação direta entre homem e o mundo. A linguagem não
representa o mundo; antes, ela é o novo mundo.
A cibersocialidade contemporâneo
A ciberculrura pela sociedade que nela atua, parece, antes de
isolar individuos terminais, colocar a tecvnologia digital contemporânea como
um instrumento de novas formas de sociabilidade e de vínculos associativos e
comunitários.
A tecnologia, que foi durante a modernidade um instrumento de
racionalização e de separação, parece transformar-se numa ferramenta convivial e comunitária.
A cibersocialidade é a sinergia entre a socialidade contemporânea
e as novas tecnologias do ciberespaço.
A sociedade contemporânea
A sociedade é, para M. Maffffesoli, um conjunto de práticas
quotidianas que escapam ao controle social (hedonismo, tribalismo,
presenteísmo) e que constituem o substrato de toda vida em sociedade, não só da
sociedade contemporânea, mas de toda forma social. É a sociedade que faz, desde
as sociedades primitivas, até as sociedades tecnologicamente avançadas. Maffesoli mostra que existem momentos de uma determinada
sociedade em que uma forma vai exprimir melhor a cultura vigente.
a cibercultura vai se caracterizar pela formação de uma
sociedade estruturada através de uma conectividade telemática generalizada, ampliando
o potencial comunicativo, proporcionando a troca de informações sob as mais
diversas formas, fomentando agregações sociais. O ciberespaço cria um mundo
operante, interligado por ícones, portais, sítios e home pages, permitindo colocar o poder da emissão nas mãos de uma
cultura jovem, tribal, gregária, que vai produzir informação, agregar ruídos e
colagens, jogar excesso ao sistema.